quinta-feira, 2 de julho de 2009

A árvore proibida

Durante o dia Mamãe Joana e Papai Tonho trabalhavam, as gatinhas ficavam com Vovó Gatildes.

As três adoravam brincar no quintal onde havia uma imensa árvore. A Vovó dizia para elas não subirem lá, mas Kikita era curiosa. Bibika e Jujuba não gostaram da idéia de desobedecer, então Kikita subiu sozinha. Quando chegou no galho mais alto e tentou descer, não conseguiu e sentiu muito medo. As irmãzinhas ficaram com pena dela e resolveram subir pra ver se ajudavam Kikita a descer, mas não conseguiram ajudar. No topo da árvore, as três ficaram presas.

Ouviu-se uma voz de dentro da casa, era a Vovó, ela dizia que estava indo ao Mercado e já voltava. Sem saberem o que dizer, ficaram bem quietinhas de vergonha pela desobediência.

O tempo foi passando e elas tiveram fome, dava pra sentir o cheirinho do bolo que esfriava na janela, e nada de conseguirem sair do lugar, então se puseram a chorar.

Ao retornar ao lar, Vovó Gatildes deparou-se com o bolo ainda intacto e estranhou, foi procurar as gatinhas no quintal. Foi quando viu as três sobre a árvore com os olhos cheios d'água. Ficou aflita, era tão alto! Ligou para os bombeiros e enquanto esperava rezava para Deus protegê-las. Os bombeiros tiveram um trabalhão para tirar as travessinhas de lá.

Já a salvo, correram pros braços da Vovó. Kikita contou pra Vovó o que aconteceu e prometeu que nunca mais iria desobedecer, entendeu que os adultos sabem das coisas, Vovó sabia dos perigos.

Pediu desculpas às irmãs por ter, indiretamente, as colocado em apuros também.

A lição serviu para as três: OBEDIÊNCIA!


Francine Carbonera.

A melancia falante (o começo)

Mamãe anda estranha, talvez comendo demais, até parece que engoliu uma melancia, pensava Kikita. Mal sabia ela que estava para ganhar uma irmãzinha.

Certa noite Mamãe Joana riu demais, vendo um filme de comédia e foi parar no hospital. Na verdade era Jujuba que estava chegando, mas Kikita achava que era só indigestão. A pequena ficou sob os cuidados da Vovó Gatildes até a Mamãe voltar, Papai Tonho foi com ela.

Após alguns dias ela voltou, e dava pra ver que os médicos tiraram a melancia, que a deixava enjoada, da barriga dela. Trouxe um carrinho com ela. Certamente passou no mercado, deve ser outra melancia, concluiu Kikita. Mas não era melancia não. Era um nenê, uma pequena gatinha. Jujuba era tão pequenininha que dava pena.

Kikita não esperava por aquilo e ficou rebelde, morrendo de ciúmes, achando que não dariam mais atenção pra ela, se sentiu trocada.

Com o passar do tempo ela viu que a Mamãe, o Papai e a Vovó gostavam igualmente das duas, porque os corações dos três eram gigantes e cabia muita gente.

Devagarinho foi se aproximando de Jujuba.

Um belo dia a mamãe engoliu outra melancia e nasceu Bibika.

As três irmãs se tornaram melhores amigas. Agora Kikita sabe que ela não perdeu nada, só ganhou, ganhou mais amor ainda!


Francine Carbonera.

domingo, 17 de maio de 2009

A gatinha mal-humorada.

Tudo estava mal para a gatinha Kikita. Ela estava sempre de mal-humor.

A gatinha sentia como se ninguém gostasse dela, então se enrolava num canto.

Xingava todos que tentavam se aproximar dela, pois na sua cabeça, acreditava que todos queriam lhe fazer mal.

Sentia-se abandonada, e achava que ninguém a amava.

Então, repetia na sua cabecinha que não precisava de ninguém.

De noite, sentia-se muito só, e tinha medo de dormir. Quando pegava no sono, tinha sonhos assustadores.

Passava praticamente todas as noites em claro, e pegava no sono só quando o sol entrava gentil pela janela do seu quarto.

Só que nessa hora, a vovó Gatildes já estava acordando, feliz da vida, para preparar o almoço para a família toda.

Kikita irritava-se com os barulhos, e dormia muito mal; ficava muitas vezes meio acordada e meio dormindo.

Era nesses momentos de exaustão que Kikita enxergava coisas estranhas, e assustava-se.

Kikita ficava, a cada dia, mais exausta e mais irritada, tratando mal a todos, inclusive à Vovó cozinheira, que acordava cedinho todos os dias para fazer o almoço.

Uma certa noite, Kikita pôs-se a pensar, e sentiu-se muito mal por estar daquele jeito. Ela queria que as coisas começássem a dar certo, não queria mais brigar com a Vovó, e queria muito poder voltar a dormir.

Então, resolveu pedir ajuda a Deus, fechou os olhinhos, e conversou com o Senhor; contou a ele tudo o que estava acontecendo, pediu se Deus poderia mandar um anjinho para auxiliá-la.

Ao terminar a oração, sentiu sono e adormeceu.

Dormiu tão bem, como não dormia há muito tempo.

Sonhou que estava voando acima das núvens, e sentia um bem estar indescritível, como nunca sentiu antes.

Ao acordar, enxergou um filhotinho, um gatinho amarelo, com um rostinho muito amigável ao lado de sua caminha.

O gatinho olhou para Kikita com um olhar terno, deu a volta ao redor da caminha, e sumiu em direção à janela, como uma imagem que se dissolve no ar.

Kikita entendeu que aquele gatinho era um anjo que fora mandado por Deus, para que velasse por seu sono.
Naquele momento, ela soube que era amada, e se antes ela sentia que tudo estava mal, era porque ela não estava sendo capaz de amar.

Levantou correndo, deu um abraço na vovó Gatildes que preparava uma deliciosa macarronada.

Daquele dia em diante, a gatinha Kikita passou a ser amável com todos, todos os dias antes de dormir, fazia uma oração agradecendo por tudo, e logo em seguida dormia.

De manhã cedo, não enxergava mais coisas feias, somente os anjos enviados por Deus. Tudo mudou para melhor, Kikita agora enxergava a beleza da vida.

Kikita aprendeu que a felicidade mora dentro de nós mesmos, e que é o reflexo das nossas ações e sentimentos.

Muda tuas ações e sentimentos para melhor, como fez a Gatinha Kikita, e não tenha medo de falar com o Criador, ele escuta e ampara a todos que pedirem sua ajuda. Deus ama a TODOS nós.





Francine Carbonera